quarta-feira, 5 de agosto de 2015

O poeta Petrúcio Amorim... De marceneiro a ícone do nosso Forró!



Boa tarde meu povo!

Continuando a série de homenagens, aqueles que acredito, cada dia tem contribuído para valorização e fortalecimento da nossa MPB, resolvi fazer uma postagem sobre o Grande cantor e compositor pernambucano Petrúcio Amorim. Nesta compilação, apresento uma série de textos publicados sobre o autor.


Nosso poeta nascido no Vassoural em Caruaru, comemora seus 30 anos de estrada agora em 2015. Provavelmente você, nordestino ou apreciador desse gênero musical, já deve ter ouvido uma de suas belas canções. Quem nunca ouviu na voz de Flávio José a música Filho do dono, Meu cenário, Tareco e Mariola, e tantas outras?? Tem alguém que não conhece outro hino como Confidências na voz daquele que primeiro introduziu os metais numa banda de forró, o também pernambucano Jorge de Altinho?!

Tenho
Um segredo menina
Cá dentro do peito
Que a noite passada
Quase que sem jeito
Vendo à madrugada
Eu ia revelar

Outra canção que marcou uma geração na voz de Alcimar Monteiro
e Eliane, como Nem olhou pra mim??

Ela nem olhou pra mim
Passei horas no espelho
Me arrumando o dia inteiro
E ela nem olhou pra mim
Como quem guarda lembrança
Abracei a esperança
Confiei no grande amor

Pois bem, todos estes clássicos cantados por Flávio José, Jorge de Altinho e Alcimar Monteiro, tratam-se canções compostas pelo pernambucano Petrúcio Amorim.

Semana passada vi um documentário comemorativo aos seus 30 anos de carreira, onde relatava seu início profissional como marceneiro, depois cabo da aeronáutica que acabou pedindo baixa e em seguida finalizava destacando sua grande parceria com Jorge de Altinho. Jorge de Altinho, dizia que ele e Petrúcio, estavam para o forró assim como Roberto Carlos e Erasmo estavam para a MPB...

A todos que gostam e admiram o trabalho desse poeta pernambucano, boa leitura!

Hélio Santa Rosa Costa Silva, Rio de Janeiro, 05 de Agosto de 2015.
heliosilva77@gmail.com



Primeiros sons e palavras
Petrúcio Antônio de Amorim, nasceu em Caruaru-PE, no bairro do Vassoural. Intuitivamente, aos nove anos de idade juntava sons e palavras e fazia suas primeiras canções. Com doze anos já sonhava tocar suas músicas nas emissoras locais.

O mundo é grande e o destino o espera
A devoção musical veio mesmo quando começou a participar dos festivais estudantis. Em 1979 participou do Segundo Encontro Latino Americano de Folclore, realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Petrúcio concorre com três musicas, com as quais vence o festival. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga (o Rei do Baião). A partir desta data tudo mudou quanto ao incentivo e elogios constantemente dados somente por amigos e admiradores. Sua primeira música gravada por Azulão (Confissão de um Nordestino), era o início da realização de um sonho.

Vôos do Menino do Vassoural
Em 1981, O Poeta Petrúcio conhece Jorge de Altinho que também começava sua carreira de intérprete e assinou duas músicas (Disfarce e Confidências) do Poeta do Vassoural em um LP naquele período. Músicas que até hoje embalam almas e corações quando tocadas em bares e casas de shows de todo o Nordeste.
Em 1983 mais outros sucessos embalam a música nordestina: Devagar ("Devagar que o santo é de barro...") e Lembranças ("era um tombo só feito o balanço do mar..."), também com Jorge de Altinho. As duas canções despertaram em Petrúcio Amorim o desejo de gravar um disco.
No ano seguinte, recebe um convite da Gravadora Polygram, do qual resultou o seu primeiro LP, com o título *Doce Pecado*, um trabalho cheio de inovações, com várias fusões musicais, misturando Rock com Xote, Afoxé com Baião, Toadas e Galopes com poesias carregadas de metáforas.
Em 1986 mais um trabalho é lançado, cujo titulo Forró, Frevo e Alegria leva Petrúcio a assumir sua carreira de intérprete, cantando e fazendo shows pelas cidades do interior Pernambucano. Mas o gosto pelas composições não parou. O ritmo do poeta segue, com o mesmo entusiasmo do menino do vassoural. Petrúcio compõe grandes sucessos com Novinho da Paraíba, dentre eles "Estrela Cadente" em 1987 e "Nem olhou pra mim" um ano mais tarde, que se tornaria sucesso em todo o Nordeste com Alcymar Monteiro.

Forró, Frevo Alegria...
E samba! Depois de vários forrós, notou que a tendência para o romântico e o samba não era tão difícil. Anos mais tarde, conhece Jorge Silva do Recife com quem compôs "Como posso te esquecer" e gravada por Augusto César, além de "Sanfoneiro bom" gravada por Leci Brandão. Outra ideal parceria deu-se com o compositor pernambucano Leonardo, com quem trabalhou belas canções, inclusive uma delas gravada com Fafá de Belem "Fiel como um cão".

Canta Nordeste
Petrúcio Amorim também participa de dois festivais. O Canta Nordeste (Festival realizado pela Rede Globo Nodeste), com a música Cidade Grande, defendida por Cristina Amaral, em 1991. Na época a canção fica em segundo lugar. Na edição de 1995, o Poeta do Vassoural conquista o primeiro lugar com a música MENINOS DO SERTÃO, em parceria com Maciel Melo e interpretada por Nadia Maia, posteriormente gravada por Zé Ramalho.
Cinco anos depois, Petrúcio grava mais um LP intitulado "Feito mel no melão". O feito é considerado mais uma grande experiência como intérprete e compositor. Entre as músicas que mais se destacam, a homenagem do poeta ao rei: O Rei nas estrelas, a Luiz Gonzaga.
Em 1991 Jorge de Altinho grava três musicas (Meu ex-amor, Foi bom te amar e Menino de rua), que repetem sucesso. Três anos depois, Petrúcio Amorim lança aquele que seria seu último LP, recheado de novas músicas e de canções que marcaram épocas. A obra eterniza o nome do compositor com "Meu Munguzá".

Cidadão do Recife
Em 2006 Petrúcio Amorim recebe da Cãmara de Municipal do Recife o título de Cidadão do Recife.

Homenagem da Força Aérea Brasileira
Em 2008 recebeu do II Comando Aéreo Regional, através do Brigadeiro Teles Ribeiro, a medalha Santos Dumont, que é dada as pessoas que têm relevante serviços prestados a Aeronáutica.
Petrúcio Amorim serviu a Aeronáutica do ano de 1978 a 1984.

DISCOS

O primeiro CD - Petrúcio Amorim 15 anos de Forró
O primeiro CD chega em 1995, com o título de Petrúcio Amorim 15 anos de Forró, contendo participações de alguns artistas da mídia pernambucana como Cristina Amaral, Leonardo e Maciel Melo. "Meu cenário" é uma das músicas do trabalho, que lhe renderia mais de 40 regravações. No mesmo ano Flávio José estoura com "Meu Munguzá" que virou "Tareco e Mariola".

São João Petrúcio Amorim
Em 1996 recebeu em sua terra natal, Caruaru, a grande homenagem na Capital do Forró o "São João Petrúcio Amorim", e de Flávio José o sucesso Filho do Dono, também de sua autoria.

Fim de Tarde
Dois anos mais tarde grava o CD Fim de Tarde que contém a regravação de Anjo Querubim, a música mais regravada de todo o seu repertório.

A Festa Do Forró
Uma das mais perfeitas obras do Poeta-Interprete é o CD A Festa Do Forró, disco lançado no ano 2000, em que reúne doze dos melhores intérpretes do nosso forró cantando seus grandes sucessos.

Bebendo da Fonte
No ano de 2001, o CD Bebendo da Fonte reúne obras suas e de parceiros como Acyolle Netto e Maciel Melo, gravado pela Somzoom. No mesmo ano mais uma alegria ao ter sua música Tareco e Mariola gravada por Chiclete com Banana.

Pra ficar com você
Em 2002 Petrúcio Amorim lança o CD Pra ficar com você recheado de novas e antigas canções, algumas delas parcerias com Jorge de Altinho e Rogério Rangel, cantando com os amigos Santanna, Nadia Maia e Augusto César. Também neste ano, Falamansa grava Confidências. Mais uma música em parceria com Jorge de Altinho.

Deus do Barro
No ano de 2004, seu 6º CD e décimo disco da carreira, Deus do Barro, homenageia um dos ícones maiores da cultura nordestina: O Mestre Vitalino, cantado por Valdir Santos, Marrom Brasileiro e Naná Vasconcelos.

Na boléia do Destinho
Gravado ao vivo no Teatro Santa Isabel, no Recife em 2006, esta é, sem dúvidas, a obra-prima do Poeta do Forró e vem para marcar os seus 25 anos de carreira. A gravação contou com a presença de vários parceiros musicais, tais como: Nádia Maia, Santanna, Cristina Amaral, Geraldinho Lins, Jorge de Altinho e Maciel Melo. Este grande momento gerou um CD e DVD ao vivo.

20 Super Sucessos
Em 2008 foi lançada a coletânea com os 20 maiores sucessos de Petrúcio Amorim pela gravadora Polydisc. Um resgate dos grande sucessos, com participações como Flávio José, Alcymar Monteiro, Dominguinhos, Cristina Amaral, Nádia Maia e Maciel Melo.

Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010
A música Filho do Dono é lançada no CD Nacional da Campanha da Fraternidade Ecumênica 2010.

Forró, Alegria do meu Povo
Em 2010 Petrúcio Amorim lança seu mais novo disco, que é um resgate do autêntico forró desde os anos 70 até a atualidade. Nela há uma viagem por obras de grandes artistas que marcaram época.

Por entre os becos da vida
Esse é o Poeta Petrúcio Amorim, um poeta que trata os seus pelo mesmo adjetivo, mas o seu trabalho não nega o legado. São quatro LPs, oito CDs, um DVD e mais de 200 músicas gravadas. Em média cinqüenta sucessos e dezenas de intérpretes cantando as músicas por todo o Brasil, embalando corações e almas, interpretando e compondo canções que falam da vida e principalmente da nossa gente, da nossa terra.

PRINCIPAIS CANÇÕES: Confidências, Devagar, Lembranças, Estrela Cadente, Nem olhou pra mim, Como posso te esquecer, Menino de rua, Fiel com um cão, Cidade grande, Forró Brasileirinho, Meu ex-amor, Tareco e Mariola, Anjo Querubim, Filho do Dono, Meu Cenário e muitas outras.

OS MAIORES INTÉRPRETES: Dominguinhos, Falamansa, Jorge de Altinho, Marinês, Trio Nordestino, Azulão, Alcymar Monteiro, Novinho da Paraiba, Cristina Amaral, Augusto César, Assisão, Leonardo, Elson, Flávio José, Leci Brandão, Fafá de Belém, José Augusto, Razão Brasileira, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Chiclete Com Banana. 


Petrúcio Amorim lança disco e biografia para celebrar 30 anos de carreira 




"Enquanto houver força e saúde, estarei cantando e mostrando minha poesia", afirma cantor e compositor caruaruense de 56 anos

Marina Simões - Diario de Pernambuco
Publicação: 13/04/2015 19:30 Atualização: 13/04/2015 19:58

"A partir do ano em que me dediquei e pus os pés na estrada, o pão que ganhei foi com meu violão, meus discos", diz Petrúcio Amorim, com três décadas de carreira. Foto: Rodrigo Silva/Esp.DP/D.A Press

Petrúcio Amorim se emociona ao visitar o Museu Cais do Sertão, no Bairro do Recife. A reprodução de uma casinha simples, com paredes de barro e móveis antigos, o fez lembrar do lugar onde morou, no bairro do Vassoural, em Caruaru, no Agreste. O cantor e compositor de 56 anos celebra três décadas de carreira e lança, neste mês, o disco Petrúcio Amorim 30 anos de forró - coletânea com os principais sucessos da trajetória. “Passa um filme na cabeça. Fui criado na simplicidade, lembro dos momentos conversando ‘miolo de pote’ na mesa da cozinha e da minha mãe, que alimentava cinco filhos com muito sofrimento. Me transportei aos anos 1960”, conta.

Petrúcio pegou a estrada em 1976, aos 17 anos, para trabalhar como ajustador mecânico no Recife. Sua mãe era costureira e o pai marceneiro. Histórias como essa estão na biografia Petrúcio Amorim, o poeta do forró, assinada por Graça Rafael, prevista para setembro. O primeiro show foi em Caruaru, em 1985, no Palhoção de Zé Luzia. “A partir do ano em que me dediquei e pus os pés na estrada, o pão que ganhei foi com meu violão, meus discos”.

Foi o amigo Jorge de Altinho que deu a primeira oportunidade, em 1981, gravando Confidência. Duzentas músicas gravadas depois, o pernambucano já teve sucessos consagrados por Flávio José, Alcymar Monteiro, Santanna e Dominguinhos. No início, ele ainda servia na Aeronáutica e teve que trocar o avião pelo violão. “Tinha um emprego federal, o sonho de ser sargento, mas vi que minha tendência era musical”.

Ele recebeu influência de grandes ídolos como Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Djavan, Fagner e Zé Ramalho, na década de 1980. “Aprendi com eles a compor e a chegar mais perto do povo com minha obra”. Por muitos anos, ficou longe dos palcos e escreveu sobre fatos do cotidiano. “Fazer música é fácil, todo mundo faz. O difícil é fazer música com a qual as pessoas se identifiquem”, comenta.

Outros parceiros musicais, como Leonardo Sulliver, Rogério Rangel e Maciel Melo, influenciaram sua obra. Ele canta o forró de asfalto, que destaca o lado urbano. “O êxito das minhas músicas foi procurar um lado social que abrangesse a cultura do Nordeste. Não falo de tristeza, sempre falei do amor e mostrei as nossas deficiências”.

Nos anos 1990, compôs para bandas Mastruz com Leite, Cavalo de Pau, Catuaba com Amedoim e Limão com Mel. “Foi quando minhas músicas passaram a tocar em todas as rádios do Brasil e ganhei um melhor retorno financeiro, com direitos autorais”, relembra.

O trabalho como cantor só foi reconhecido a partir de 1995. “Isso é consagração. Pegar o seu violão, dar os primeiros acordes e ver as pessoas cantando junto não tem preço. Enquanto houver força e saúde, estarei cantando e mostrando minha poesia. Esses 30 anos são uma grande realização profissional”.

Considera um dos melhores trabalhos o DVD Na boleia do destino (2006), documentário gravado no Teatro de Santa Isabel. “As pessoas conheciam as músicas, mas não sabiam quem era o compositor. Esse DVD me fez ultrapassar fronteiras, fiquei conhecido em outros estados do Brasil e até na Europa”, conta.



+disco
Petrúcio Amorim 30 anos de forró terá tiragem limitada. O álbum duplo com 30 faixas terá 10 mil cópias para venda e distribuição.
O lançamento está marcado para 9 de maio, com show especial
na Casa da Rabeca, em Cidade Tabajara, Olinda.

+intimidade



Um sonho
Para mim, seria uma realização muito grande, para sacramentar minha carreira, duas figuras que sou fã: Alceu Valença e Raimundo Fagner. Esses dois, se gravassem uma música minha, eu estaria realizado na vida.

“Fico muito feliz, primeiro porque que sou fã dele. Já era para ter gravado. Inclusive, no ano passado, cheguei a gravar Tareco e mariola, com a Banda Calypso, mas terminamos não lançando. Sempre adorei o repertório de Petrúcio, principalmente essa música e Meu cenário, referências do Nordeste. Ele é muito importante. Estou aberto a essa possibilidade, não só para canções mais antigas, mas para novas. E, ele se manifestando assim, melhor ainda. Parabéns pelos 30 anos de carreira. Muita saúde!”
Raimundo Fagner


Composição
Gosto muito de pensar em temas e títulos, para depois desenvolver a música e a letra. Pensar em retratar momentos que vivi e histórias contadas por amigos. Pego o violão, o papel e a caneta. Nunca fui de beber compondo, nem de parar no meio da música. Já compus em diversos lugares. Dentro de um ônibus, com 50 pessoas, olhando para a estrada. Isso é muito relativo”.

Imaginários
Aconteceu um lance interessante, lembro bem, no segundo disco, que só tinha música de minha autoria. O pessoal da gravadora disse:
‘Por que você não arruma um parceiro?’ Mas já tinha músicas e não precisava de outras. De repente, fiz pseudônimo, dentro do meu disco, em duas ou três faixas, assinei com outros nomes só para ter efeito de que não era autoral, mas eram todas minhas”.

Decepção
Pensei em desistir com a música Menino de rua. Essa canção foi pensada para o cantor mineiro Fernando Mendes. Fiz para apostando na melodia. Ele passou um tempo com a música e, no último minuto, disse que não iria gravar. Aquilo me entristeceu bastante. Terminou que, em 1991, Jorge de Altinho gravou e foi um sucesso.

Petrúcio Amorim visita Cais do Sertão. Assista:




+depoimentos




Benil Ramos, forrozeiro

“Petrúcio é um artista e pessoa maravilhosa e gênio da poesia. Um grande contador de causos também! Dá ainda mais orgulho de ser caruaruense. Ele traz uma maneira impar de compor, de falar de amor de um jeito que você consegue visualizar tudo que a música dele diz. Acho que Anjo querubim a mais bonita”.



Cristina Amaral, cantora
“Petrúcio é um ícone da música brasileira, uma grande referência e inspiração para novos poetas, que com suas composições engrandece a nossa cultura, valorizando a música nordestina. Brinco sempre com ele, falo que ele é o nosso Chico Buarque pernambucano".



Geraldinho Lins, forrozeiro

“Tenho o privilégio de seu amigo pessoal do poeta Petrucio Amorim. Ele é sem dúvida um dos maiores e mais importantes compositores do forro brasileiro. Sem dúvida a música Meu cenário é o maior sucesso do mestre".



Flávio José, forrozeiro
“Conheci Petrúcio em 1994, quando precisei solicitar autorização para regravar a música Meu Mungunzá. Em janeiro de 1995 fui fazer um show em Manaus e a quinta música do meu show era exatamente essa. No final do show, quando me despedia, algumas pessoas vieram até o palco e me pediram para cantar novamente uma música que falava em Mariola. Foi aí que percebi que o nome da música deveria ser Tareco e Mariola. Contei para Petrúcio e imediatamente ele entendeu e mudou o título da música".



Maciel Melo, cantor e compositor

“Petrúcio Amorim é tão importante pra música de Pernambuco, quanto Alceu Valença, Capiba, Nelson Ferreira, Sook, eu e os outros pernambucanos. Já gravei umas três ou quatro canções dele. Temos muita coisas em comum. Nossas musicas às vezes se misturam. De vez em quando as pessoas confundem a gente. Me chamam de Maciel Amorim e ele Petrucio Melo. Eu fico quieto que não sou besta. Ele mais famoso que eu. Acho é bom".





Novinho da Paraíba, cantor e compositor
"Petrúcio Amorim é meu amigo e meu parceiro musical, temos mais de 30 músicas desde que o conheci em 1986 quando cheguei em Recife Quando o conheci eu falei que tinha vontade de gravar uma música dele, entres tantas músicas que ele me mostrou eu gostei da música Estrela Cadente, mas ele me questionou “Como é que você vai gravar uma música que fala de Maceió, você sendo da Paraíba?” Daí eu falei que a música não tem fronteira e gravei a música. E hoje é um dos grandes sucesso da minha carreira".



Rogério Rangel, cantor e compositor 

“Ele foi um dos responsáveis pela minha total inclinação e entrada profissional no Forró. São muitos encontros marcantes, mas um que considero um bonito gesto da parte dele é que uma vez, o produtor de Elba Ramalho, que estava no auge do sucesso, ligou pra ele e pediu que selecionasse três canções para um novo disco dela, Petrúcio imediatamente, ligou pra mim e pediu três canções minhas e entregou as seis ao produtor, sem dizer quais eram as minhas, ou as dele. Considerei um gesto de grandeza de caráter e solidariedade”.
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Petrúcio Amorim faz a festa dos trinta anos de carreira na Casa da Rabeca




O show também faz parte da comemoração dos 13 anos da casa. Geraldinho Lins, Pecinho Amorim e Gilmar Leite, completam a noite


Petrúcio Amorim comemora os 30 anos de carreira, neste sábado (09), na Casa da Rabeca / Divulgação


Petrúcio Amorim comemora os 30 anos de carreira, neste sábado (09), na Casa da Rabeca

Divulgação

São muitas as histórias que podem ser contadas em 30 anos de carreira. Amores, alegrias, sofrimentos e, principalmente, experiências. Que o diga o cantor e compositor Petrúcio Amorim que reuniu em seu mais recente Petrúcio Amorim – 30 anos de forró, o somatório de tudo o que andou fazendo por aí, em uma compilação de 30 músicas de um repertório, que começou lá atrás, no início da década de 1980 e, de acordo com ele prefere “não tem data para acabar”.
“Foram muitos abraços e sorrisos, tristezas e obstáculos. O forró contou tudo por mim, sempre com a alegria que cabe ao ritmo. Espero ter a chance de continuar cantando outras tantas histórias que estão por vir”, enfatizou Petrúcio em entrevista ao Jornal do Commercio.
Das referências da música citadas por ele, Jorge de Altinho tem prioridade. Foi em 1981, ao lado dele, com a música Confidência, que Petrúcio começou. Os que gostam de forró certamente se lembrarão dos versos: “Eu tenho um segredo menina / Cá dentro do peito / Que a noite passada / Quase que sem jeito / Bem na madrugada ia revelar...”. 
De lá para cá, foram 15 discos gravados, um DVD, mais de 200 composições e outras centenas de intérpretes que deram voz à suas canções. “Levo para o meu trabalho a influência de grandes nomes da música. Além do Jorge, posso citar aqui uma infinidade de outros artistas”, salientou Petrúcio que trouxe os nomes de Luiz Gonzaga, Roberto Carlos e Chico Buarque, entre os ‘tops’ de sua lista de ídolos. “Um cantou o sertão, a nossa arte e cultura. Os outros falam sobre os sentimentos das pessoas. A minha música é junção de tudo isso.”
Petrúcio Amorim apresenta o disco 30 anos de forró, hoje à noite, na Casa da Rabeca, que comemora o aniversário de 13 anos com uma noite dedicada ao ritmo. “A sanfona não vai parar um só instante. Vai ter forró a noite toda”, reforçou Pedro Salustiano, responsável pelo espaço.
Completam a festa Geraldinho Lins, Gilmar Leite e Pecinho Amorim. Anjo querubim, Tareco e mariola e Meu cenário, são algumas que estão no repertório de Petrúcio. “Não podem deixar de ser cantadas”, comentou o forrozeiro. 

Espaço PE celebra os 30 anos de 


carreira de Petrúcio Amorim


Cantor caruaruense fala sobre suas influências e das fases da carreira. Parceiros como Jorge de Altinho marcaram sua trajetória.



Um dos grandes nomes da cultura popular nordestina, Petrúcio Amorim é uma espécie de símbolo do São João e do forró. O poeta pernambucano de Caruaru foi criado ao lado da casa do marceneiro Osvaldo, cujo som dos instrumentos de trabalho inspirou um dos maiores sucessos do artista, “Tareco e Mariola”. "Eu me criei ouvindo o toque do martelo na poeira, ninguém melhor que mestre Osvaldo na madeira, com sua arte criou muito mais de dez". Neste sábado (30), o Espaço Pernambuco mostrou um pouco mais da vida de Petrúcio, que completa 30 anos de carreira, desde a infância no Agreste até a vida de cantoria que alcançou o mundo.
O primeiro artista que Petrúcio viu na vida foi o homem que criou mais de dez filhos fazendo tamborete, mesa, guarda roupa - daí pode ser explicado sua arte tão fincada nas raízes populares. No primeiro bloco do Espaço Pernambuco, o cantor contou as origens do seu universo criativo. Em Caruaru, o mundo colorido dos bonecos de barro de Mestre Vitalino também despertou a imaginação do forrozeiro.
As músicas de Petrúcio são quase como diário da vida do artista e de tudo que ele enxerga no mundo. A mãe de Petrucio, Maria Hermínia, morreu com 42 anos de idade, deixando a saudade eterna no poeta. “Quantas vezes deixei minha mãe maluca, o Rio Ipojuca galopando para o mar. Mainha, o tempo passa e levo nesse desafio. A natureza chora e chega a perguntar, meu velho Ipojuca, teu espelho já não brilha”, canta Petrúcio em uma das canções sobre sua infância.
Já no segundo bloco do Espaço Pernambuco, o artista falou das marcas que deixou na cultura nordestina. “Eu faço música para o povo, então muitas famílias foram formadas ouvindo minha música. Isso é uma prova que o que eu faço é verdadeiro e vai somar para toda a vida”, disse Petrúcio Amorim, que tem em Luiz Gonzaga uma de suas grandes inspirações, apesar de trocar a sanfona pela viola.
Chegar ao sucesso que Petrucio chegou, é difícil sem a ajuda de outras pessoas. Petrúcio Amorim teve muitos parceiros e um dos mais importantes é Jorge de Altinho, com quem divide a canção “Confidência”. “Impressionante que essa música não pode faltar no repertório dele, nem no meu e nem nos forrozeiros de plantão, a nação forrozeira tem que tocar. É uma música que já faz muito tempo, mas ela continua”, disse Petrúcio, que também continua espalhando a cultura nordestina após 30 anos de estrada.
Caetano Veloso, Petrúcio Amorim e seu filho Petros.
Ariano Suassuna, Miguel Araes, Petrúcio e sua filha Kamila.
Camarão, Dominguinhos, Petrúcio e Santana, o cantandor.

Petrúcio, quando cabo da Aeronáutica. Pediu baixa para ser cantor, seus amigos achavam que ele era maluco em largar a estabilidade para "aventurar" na música...


Gravação do dvd Boleia do destino em 2006, com Nádia Maia e Maciel Melo.


Petrúcio Amorim


Petrúcio Antônio de Amorim
 25/01/1959 Caruaru, PE 

 Em 1979 participou do segundo encontro Latino Americano de folclore, festival realizado na Sala de Cultura Luiza Maciel, em Caruaru. Concorreu com três músicas e ganhou o festival com as três. Os prêmios foram entregues por Luiz Gonzaga (o Rei do Baião). Teve finalmente sua primeira música gravada por Azulão: "Confissão de um Nordestino". Em 1981, conheceu Jorge de Altinho, que iniciava, também sua carreira de intérprete e com quem pasou a interagir musicalmente. Com ele compôs "Confidências" e "Disfarce", incluídas no LP lançado por Jorge de Altinho naquele período e que se tornaram clássicos, lembrados e tocadas em bares e casas de shows de todo o Nordeste. Em 1983 Jorge de Altinho gravou "Devagar" e "Lembranças", esta, parceria dos dois. Em 1984, recebeu um convite da Gravadora Polygram, do qual resultou o seu primeiro LP, "Doce Pecado", que trazia inovações, com várias fusões musicais, mesclando Rock, Xote, Afoxé, Baião, Toadas e Galopes. Em 1986, lançou o LP "Forró, Frevo e Alegria", que levou o compositor a assumir definitivamente a carreira também de intérprete, passando a fazer shows pelas cidades do interior de Pernambucano. Mas continuou a compor intensamente, compondo sucessos com Novinho da Paraíba, dentre eles "Estrela Cadente", em 1987 e "Nem olhou pra mim", um ano mais tarde, que se tornaria sucesso em todo o Nordeste com Alcymar Monteiro. Anos mais tarde, conheceu Jorge Silva do Recife com quem compôs "Como posso te esquecer", que foi gravada por Augusto César, além de "Sanfoneiro bom" gravada por Leci Brandão. Outra parceria se deu com o compositor pernambucano Leonardo, com quem trabalhou canções, como "Fiel como um cão" gravada com Fafá de Belém. Em 1991, participou do festival "Canta Nordeste", realizado pela Rede Globo Nodeste, com a música "Cidade Grande", que foi defendida por Cristina Amaral, sendo classificada em segundo lugar. No mesmo ano, Jorge de Altinho gravou, com sucesso,  três musicas: "Meu ex-amor", "Foi bom te amar" e "Menino de rua". Três anos depois, Petrúcio Amorim lançou o LP "Feito mel no melão".  Entre os destaques desse disco, a homenagem a Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, com  "O Rei nas estrelas". Esse seria seu último LP e trouxe músicas e canções que marcaram épocas. A obra eterniza o nome do compositor com "Meu Munguzá". Na edição de 1995, do Festival Canta Nordeste, o Poeta do Vassoural, como também ficou conhecido, conquistou o primeiro lugar com a música "Meninos do sertão", parceria com Maciel Melo e interpretada por Nadia Maia, posteriormente gravada por Zé Ramalho. Também em 1995,  teve a composição "Tareco e mariola" gravada por Flávio José. No ano seguinte o mesmo intérprete gravou "Dois rubis" e "Filho do dono", que deu nome ao seu disco. Em 2003, teve a composição "Meu cenário" gravada pelo ator e cantor Jackson Antunes, no CD "Pé de serra". No ano seguinte, teve as músicas "Filho do dono" e "Tareco e mariola" gravadas pelo cantor pernambucano Zezinho Barros no CD "Seresta - volume 1". Seu primeiro CD  "Petrúcio Amorim 15 anos de Forró" foi lançado em 1995, trazendo participações de artistas pernambucanos como Cristina Amaral, Leonardo e Maciel Melo. "Meu cenário", uma das músicas do disco lhe renderia mais de 40 regravações. No mesmo ano Flávio José estourou com "Meu Munguzá" que virou "Tareco e Mariola". Em 1996 recebeu em sua terra natal, Caruaru, a tradicional homenagem, reservada a personalidades nascidas na Capital do Forró - O "São João Petrúcio Amorim". Na ocasião também foi agraciado com o sucesso de sua autoria "Filho do Dono", emplacado por Flávio José. Dois anos mais tarde gravou o CD "Fim de Tarde", que contém a regravação de "Anjo Querubim", a música mais regravada de todo o seu repertório de composições. Em 2000, lançou o CD "A Festa do Forró", em que reúne doze intérpretes de forró, cantando seus mais conhecidos sucessos. Em 2001, lançou "Bebendo da Fonte", CD que reuniu obras suas e de parceiros como Acyolli Netto e Maciel Melo, gravado pela Somzoom. No mesmo ano o grupo Chiclete com Banana gravou "Tareco e Mariola". Em 2002, lançou  o CD "Pra ficar com você", que saiu recheado de novas e antigas canções, algumas delas parcerias com Jorge de Altinho e Rogério Rangel. No disco, Petrúcio canta com com os amigos Santanna, Nadia Maia e Augusto César. Também neste ano, "Confidências" foi gravada pelo grupo Falamansa, parceria com Jorge de Altinho. Seu 6º CD e décimo disco da carreira, "Deus do Barro", produzido pelo sanfoneiro Genaro e lançado em 2004, comemorou 25 de carreira do poeta e compositor com 12 faixas, entre composições e parcerias, demonstrando seu talento de melodista e letrista, como xotes, baiões e outros ritmos nordestinos com participações de Valdir Santos, Marrom Brasileiro, Dominguinhos, Naná Vasconcelos e Jorge de Altinho. São destaques "Balanço brasileiro"," Anjo Malandrinho","Baião de nós dois" e "Boi de Piranha". O disco também faz homenagem a um dos ícones maiores da cultura nordestina: O Mestre Vitalino. Sua obra soma quatro LPs, seis CDs e mais de 200 músicas gravadas. Em média, cinqüenta sucessos e dezenas de intérpretes, entre eles: Marinês, Trio Nordestino, Azulão, Jorge de Altinho, Falamansa, Alcymar Monteiro, Novinho da Paraiba, Cristina Amaral, Augusto César, Assisão, Leonardo, Elson, Flávio José, Leci Brandão, Fafá de Belém, José Augusto, Razão Brasileira, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Chiclete Com Banana. Em 2005, seu xote "Anjo querubim" foi gravado pelo sanfoneiro Waldonis dando título ao disco que foi lançado pela Kuarup Discos. Em 2006, lançou o DVD "Na Boléia do Destino", que foi gravado ao vivo no  Teatro de Santa Isabel em Recife e contou com participações de parceiros do compositor, como Santanna, Geraldinho Lins e Nádia Maia. No repertório do show, canções conhecidas como "Tareco e Mariola", "Confidências" e "Nem Olhou pra Mim". No mesmo ano, teve suas músicas "Feito Mel no Melão" e "Meu cenário" gravadas por Santana, no DVD "Forró popular brasileiro", lançado pelo selo Atração. No ano seguinte, compôs a música-título para o CD "Tá no sangue e no suor", gravado por Chico Salles. No mesmo ano, teve sua música "Anjo querubim" gravada por Liv Moraes, filha de Dominguinhos, em seu primeiro CD solo, lançado pela Gravadora Eldorado. Em 2009, teve participação especial no CD "Forroboxote 8", de Xixo Bizerra, na faixa "Fole bicudo", uma composição de Xico Bizerra em homenagem a Zé Bicudo. No mesmo ano, Liv Morais gravou outra música sua, "Coração menino" (c/ Rogério Rangel), desta vez no CD "É você", lançado pela Atração Fonográfica. Em 2012, participou da coleção tripla de CDs "Pernambuco forrozando para o mundo - Viva Dominguinhos!!!", produzida por Fábio Cabral, cantando, ao lado de Dominguinhos, a música "Baião de nós dois", de sua autoria com Rogério Rangel. A coletânea trouxe forrós diversos interpretados por 48 artistas, e que fazem referência aos 50 anos de carreira do seu inspirador: Dominguinhos. Interpretando músicas de compositores em sua grande maioria pernambucanos, fizeram parte do projeto também artistas como Acioly Neto, Adelzon Viana, Dudu do Acordeon, Elba Ramalho, Jorge de Altinho, Irah Caldeira, Liv Moraes, Hebert Lucena, Geraldo Maia, Sandro Haick, Spok, Jefferson Gonçalves, Chambinho, Joquinha Gonzaga, Maciel Melo, Luizinho Calixto, Silvério Pessoa, Walmir Silva, entre outros, além do próprio Dominguinhos.  


Ainda sobre o Dvd, com Jorge de Altinho e Santana.

TODO O TALENTO DE PETRÚCIO AMORIM






CULTURA - Petrúcio Amorim, 57 anos, é um dos orgulhos de Caruaru e de Pernambuco.

Assim como Flávio José é melhor intérprete dos ritmos nordestinos depois de Luiz Gonzaga, Petrúcio é sem dúvida, o melhor compositor da música regional da atualidade.

Bastam três canções do artista caruaruense para comprovar seu talento e sensibilidade: Dono do MundoCidade Grande e a antológica Tareco e Mariola.

Petrúcio nasceu no bairro de Vassoural, na capital do Agreste e nas suas músicas canta como poucos o lugar em que nasceu. No início da carreira, ao levar seguidos nãos para se apresentar no São João de sua cidade, ficou com aquilo “entalado”. No Recife, sentou na varanda pensou muito e criou uma obra prima como resposta ao burocrata insensível.

Eu não preciso de você
O mundo é grande e o destino me espera
Não é você quem vai me dar na primavera
As flores lindas que eu sonhei no meu verão
Eu não preciso de você
Já fiz de tudo pra mudar meu endereço
Já revirei a minha vida pelo avesso
Juro por Deus, não encontrei você mais não

A universidade de Petrúcio Amorim foi o mundo, a vida, mas qual um Patativa de Assaré ele tem a sensibilidade que muitos doutores não têm.

Tanto que numa entrevista à TV Asa Branca, num programa impecável exibido hoje, na televisão caruaruense, o cantor revela suas maiores influências: Luiz Gonzaga, Chico Buarque e Roberto Carlos.

“Gonzaga mostrou o Nordeste, Roberto canta o amor como ninguém e Chico revela o Brasil verdadeiro, que está escondido”, filosofou.

Matuto de Caruaru, a primeira vez que foi ao Recife tomou um choque. E produziu esta pérola, que está atualíssima:

"Cidade grande, moça bela

Tu tens o cheiro da ilusão

Quem passou na tua janela

Já conheceu a solidão

Cidade grande

Chaminé de gasolina

Foi minha sina

Nos teus braços vir parar

Tua grandeza

Me levou a um delírio

Feito um colírio

Clareando o meu olhar

Cidade grande

Paraíso da loucura

Quem te procura

Feito eu vim te procurar

Sofre um bocado
Pra entender o teu mistério
Falando sério
Foi difícil acostumar (Refrão)

Teu movimento

Eu comparei a um formigueiro

De tão ligeiro

Comecei a imaginar

Meu Deus do céu

Como é que a felicidade

Nessa cidade

Acha um espaço pra morar

Minha tristeza

Rejeitou tua alegria

Num belo dia

Quando eu pude perceber

Que o progresso
É que faz do teu dinheiro
Um cativeiro
Onde se mata pra vive.

Petrúcio Amorim, Maciel Melo (autor de Caboclo Sonhador, que poderia também ter sido composta pelo caruaruense), Jorge de Altinho, Flávio José, Fagner, Elba Ramalho. 
Esses nomes estão ligados às composições do primeiro e a música nordestina, num som de qualidade muito acima do lixo divulgado no Faustão, Regina Casé e outras inutilidades do plim plim. 
Se Exu deu ao mundo o talento de Luiz Gonzaga, se em Garanhuns nasceu o Mestre Dominguinhos, Caruaru pode ser orgulhar dos seus artistas, como Petrúcio Amorim.
Os artistas, os poetas, fazem o mundo menos árido e mais bonito.
"Desigualdade
Rima com hipocrisia
Não tem verso nem poesia
Que console o cantador
A natureza na fumaça se mistura
Morre a criatura
E o planeta sente a dor
O desespero
No olhar de uma criança
A humanidade
Fecha os olhos pra não ver
Televisão: fantasia e violência
aumenta o crime e cresce a fome do poder
.
Eu não sou dono do mundo
Mas tenho culpa porque sou filho do dono...."  (Filho do Dono - Petrucio Amorim).

Um comentário:

  1. Olá Roberto!
    Concordo com cada palavra sua no que diz respeito a esses gênios da música Nordestina. Ainda vou além, acho que a música mundial e brasileira ambas, andam em decadência. Em especial a brasileira é claro. Vivemos num capitalismo desenfreado, aonde hoje em dia o artista está mais preocupado com o dinheiro e a ostentação, e música boa que é bom, nada!
    Por isso bato palmas para Petrúcio Amorim, Fagner, Maciel Melo, Santana, Elba Ramalho, Flávio José, Zé Ramalho, Adelmário Coelho, Trio Nordestino e tantos outros que mantem a memoria e o ritmo criado por Luiz Gonzaga e perpetuado por nosso conterrâneo Dominguinhos. Essas referências ainda nos faz acreditar no forró como um ritmo tão importante como outros tantos, e até mais que ritmos sem valor algum, e que estão sempre em evidência na mídia nacional. Ah, é bom não confundir o autentico forró, com esse lixo de forró de plástico que existe hoje em dia, isso é um câncer na música nordestina é o joio da nossa música infelizmente.
    Abraços
    Responder

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